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TÓPICO
- IDENTIDADE X VOCAÇÃO |
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identidade x vocação
- Carlos Jamil Taissun - 02/10/2007 00:57 |
Fiquei curioso acerca de seu ingresso no iadê ! Como foi que você conheceu o iadê ? De qual escola você havia se transferido ?.. Outra coisa que preciso saber - sua vocação / motivação para projetos e trabalhos que desenvolveu, como isto acontece ? |
Abertura
- Leonora Fink - 07/10/2007 13:54 |
Eu saí de uma escola de freiras, o Beatíssima.
Tinha contato com arte e no tempo da ditadura procurava uma escola que fosse mais aberta, que priorizasse qualidade e tivesse foco em design, arte e cultura, só podia ser o iadê.
Entrei feliz e saí esperançosa, pois sabia que podia fazer meu caminho. Estou tentando até hoje.
Gostaria que as pessoas que conheci tivessem estudado na escola. |
concepção
- Carlos Jamil Taissun - 10/10/2007 02:06 |
Certo ! Acho que também sinto de forma semelhante ! Conheci muitas pessoas mais tarde, inclusive profissionalmente, nos anos 80, em agências de propaganda, na Editora Abril, no meio publicitário ... pessoas que em meu entendimento teriam sido muito felizes e produtivas naquele ambiente ; muita gente que certamente agregaria valores significativos à proposta do iadê. Gostaria também que tivessem freqüentado a escola, pois creio que isto teria sido mais um enorme incentivo para mim e para muitoas outroas.
Estudei em escolas do Estado (claro, no governo militar) e fui para o iadê em circunstâncias consideravelmente difíceis. No início achei um tanto estranho mas depois me compreendi naquele contexto.
Mas Leonora , e o design ? Algo que sempre me intrigou : a compreensão das pessoas.., como o público interpreta o produto do “pensar design”. Gostaria de sua opinião neste sentido - quando uma obra ou uma criação tua te fala da opinião das pessoas, qual é o testemunho que recebes ? Sempre desejei saber se as pessoas compreendem o processo de concepção do Designer como uma alternativa de paramento = ornato voltado à decoração do ambiente, ao traje do corpo etc, ou, se tua sensibilidade diz que compreendem a concepção do Designer, seu trabalho, como um parâmetro = solução ou medida absolutamente válida para a aplicação na vida de fato, em seus espaços e necessidades comuns. Como você vê a compreensão do público ?
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dualidades
- Leonora Fink - 17/10/2007 02:50 |
Parece que se nota mais aquele objeto de design ruim, quando o usuário senta numa cadeira e as costas doem, por exemplo. Ou outro produto mal feito, feio, etc.
O usuário já sabe a diferença entre bom design e ruim, mas às vezes nem nota o quanto aquilo é perfeito, ou só vê os defeitos.
Gosto bastante de me sentar em um sofá e me sentir confortável, conseguir levantar depois também é bom.
A diferença está no conhecimento do designer, na cultura e no preço, muitas vezes proibitivo. Esse pensamento também está mudando.
Agora nem sei se respondi à sua pergunta.
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do belo e do racional
- Carlos Jamil Taissun - 19/10/2007 01:41 |
Sim, claro ! Seu testemunho sem dúvida traz algo para eu pensar ! Aliás, acho correto que de fato exista um preço significativo para a questão da exclusividade ... ou seja, por exemplo, possuir uma peça de mobiliário criada a partir de um ponto de vista absolutamente original e coeso. Imagine, uma poltrona realmente singular, concebida não apenas para ser um móvel bonito e caro, mas, sim, criada mesmo para complementar e/ou sustentar um comportamento, uma necessidade humana.., talvez, a atividade da própria reflexão .
Será que temos colegas que se especializaram neste segmento ? Deve ser extraordinário trabalhar com design de móveis, de interiores ou com soluções para ambientes como restaurantes etc...
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